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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Lesões no joelho em atletas de voleibol


As lesões mais comuns no joelho são as lesões ligamentares, meniscais e condrais (cartilagem). Elas ocorrem normalmente, em decorrência de traumas relacionados a pratica desportiva.
Os saltos são os maiores causadores nas lesões de joelho nos atletas de voleibol. A fase de impulsão é a que mais causa esforço no atleta, neste momento, é que ocorrem a maioria das lesões, essas lesões estão associadas com a fadiga e o impacto no momento da impulsão. A fadiga o amortecimento do impacto, gerando maior sobrecarga nos membros inferiores. 
É importante saber lidar com as lesões causadas no joelho, sobretudo se for desportista, pois uma lesão no joelho sem o devido tratamento pode ser fatal para a vida do lesado. Caso aconteça alguma vez, a vítima deve procurar saber do seu diagnóstico e sempre acompanhado de um especialista, de forma a tratar o mais rapidamente possível.



Prevenção e tratamento

 A prevenção das lesões no joelho consiste na redução do número de saltos nas sessões dos voleibolistas, em terrenos suaves devem ser praticados os treinamentos e os jogadores que flexionam o joelho a 45 a 60º e cometem um estalo, indica-se um tratamento adequado por causa da instabilidade fêmur-patelar, não sendo recomendado saltos para esse atleta (CHIAPPA, 2001). 

O tratamento específico dependerá do tipo de lesão podendo variar de medidas simples ou intervenções cirúrgicas para recontrução ou reparo das estruturas lesionadas.
O tratamento imediato é sintomático, ou seja, combater as dores e o inchaço com medidas simples, como elevar a perna, gelo e/ou anti inflamatórios.




Lesões na coluna vertebral


Nos atletas de voleibol acontecem 14% das lesões na coluna vertebral (BRINER & BENJAMIN, 1999). As contusões na coluna vertebral podem ser crônicas ou ocasionam o fim da carreira do jogador (GHIROTOCC & GONÇALVES, 1997). Embora observamos poucos estudos relacionados ao assunto.




Tratamento e Prevenção


A prevenção das dores nas costas é através do aumento da força dos músculos posteriores do tronco (BRINER JUNIOR & BENJAMIN, 1999). A AVCA (1997) indica todos os exercícios de musculação que movimente os ombros porque conseqüentemente acontece ação da cintura escapular, fortalecendo a musculatura das costas e possibilitando que o jogador de voleibol tenha menos chance de ter problemas na coluna. Outros exercícios imprescindíveis para a coluna vertebral são os abdominais (AVCA, 1997) porque eles nos beneficiam no equilíbrio postural e atenua a pressão intradiscal, decorrente de uma pressão intraabdominal aumentada (COSTA, 1996). Para atletas com dores na coluna vertebral, ZATSIORSKY (1999) prescreve exercícios abdominais com isometria. 
As dores na coluna vertebral também podem reduzir com a diminuição dos saltos do jogador e na queda do atleta em superfícies macias (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997).


Vídeo:



Lesões no ombro em atletas de voleibol


Sendo mais comuns em jogadores do voleibol de duplas, cerca de 42%, para atletas do voleibol na quadra a porcentagem está em torno de 15%%(AAGAARD et al., 1997). Os jogadores de duplas se machucam mais nos membros superiores, embora a defesa é a que ocasiona a mais contusões, 32% (AAGAARD et al., 1997).

As contusões nos jogadores geralmente são por overuse (uso excessivo), resultando em tendinites nos rotadores do ombro ou manguito rotador e no tendão do bíceps braquial (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997). MATOS (2002) escreve que os músculos pertencentes aos rotadores mediais (internos) do ombro são compostos pelo redondo maior e o subescapular. O redondo menor, o supraespinhal e o infra-espinhal pertecem aos rotadores laterais (externos) (MATOS, 2002). 

O manguito rotador tem a função de fixar a articulação glenoumeral, contribuindo para a estabilização articular (HALL, 1993; RASCH & COLABORADORES, 1991). WANG et al. (2000) informam que os voleibolistas são predispostos para se machucarem nos rotadores do ombro. O motivo é que os atletas realizam uma rotação externa e interna do ombro no saque e na cortada por muitas vezes (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997).





Prevenção


A maneira eficaz de prevenirmos as contusões nos músculos rotadores consistem de sessões de força e de flexibilidade (WANG et al., 2000; WANG & COCHRANE, 2001). Para CHIAPPA (2001) os jogadores de ponta atacam mais, merecendo mais atenção no trabalho de força para os ombros. CIBRARIO (1997) indica os seguintes movimentos articulares no trabalho de força para prevenir as lesões no manguito rotador: rotação externa do ombro acompanhado da rotação externa da cintura escapular (CE) , rotação interna do ombro acompanhado da rotação interna da CE , elevação do ombro acompanhado da rotação externa da CE em seguida acontece elevação da mesma (hiperelevação do ombro), abdução do ombro acompanhado e rotação externa da CE, adução do ombro acompanhado rotação interna da CE, extensão do ombro acompanhado da rotação interna da CE e abdução horizontal do ombro acompanhado da adução da CE.


Tratamento


O tratamento específico dependerá do tipo da lesão podendo variar de medidas simples, como imobilização e as descritas acima até tratamentos cirúrgicos para reconstrução ou reparo das estruturas lesionadas.


ENTREVISTA

Albert Machado

Integrante da Comissão Técnica: Voltaço - Voleibol (Volta Redonda)


Perguntas
1) Quais as principais lesões decorrentes na modalidade?
Lesões de ombro (luxações), joelho, tornozelo (entorses), coluna vertebral (parte cervical) e nas articulações dos dedos (desarticulações ocorrem frequentemente).

2) Quais os mecanismos?
Sintomas decorrentes do grau e/ou tipo de lesão.

3) Quais os procedimentos?
Quando um atleta nosso sofre alguma lesão, dependendo da gravidade agimos de formas diferentes.
 De imediato imobilização e gelo.

O atleta é encaminhado para o  Departamento médico, com o fisioterapeuta faz uma avaliação, saindo o diagnóstico (dependendo do caso) são recomendadas sessões de fisioterapia, se for alguma lesão grave, o atleta passa por uma ressonância e a partir do novo diagnóstico o atleta é submetido à sessões de fisioterapia e/ou repouso, ou em último caso a uma cirurgia.

A recuperação varia de pessoa para pessoa pelo fato de cada atleta responder aos procedimentos de um jeito e depende do tipo e gravidade da lesão sofrida.

Um exemplo sobre lesões:
Recentemente um atleta nosso em jogo, após ter subido para efetuar um bloqueio, ao retornar na fase de pouso, pisou no pé do companheiro de equipe e fraturou o tornozelo.
Houveram fragmentações na lesão e este atleta atualmente após os procedimentos necessários, faz sessões de fisioterapia e treinamento.

Lesões no tornozelo em atletas de voleibol


As lesões mais comuns no tornozelo acontecem por entorse (entorse: distensão articular que ocasiona lesão no tornozelo). Podendo ser por um simples estiramento - espessamento do tendão até uma ruptura do ligamento (CHIAPPA, 2001). As lesões no tornozelo nos atletas de voleibol também ocorrem por causa de instabilidade, ruptura de ligamento, dor o tornozelo e outras. 
 As contusões no tornozelo dos atletas de voleibol acontecem com mais freqüência no sexo feminino, dos 15 a 19 anos, no masculino, dos 30 a 39 anos .
Sendo que muitas das lesões no tornozelo estão associadas com interrupção da prática do voleibol (GHIROTOCC & GONÇALVES, 1997). 
GROSS & MARTINI (1999) informam que a instabilidade do tornozelo e a entorse são comuns em voleibolistas porque esta modalidade é muito intensa e possui longa duração, colaborando com essas contusões. Um dos motivos da instabilidade do tornozelo são as várias entorses ocorridas nos desportistas do voleibol proveniente do impacto da queda do salto principalmente (GROSS & MARTINI, 1999).
Segundo AAGAARD et al. (1997) escreveram que as lesões no tornozelo dos jogadores de quadra tem uma freqüência de 22%, enquanto nos desportistas do vôlei na areia competido em dupla, acontece 2%.
O tipo de entorse mais comum é o de inversão.




Prevenção 


Para prevenirmos as lesões no tornozelo de qualquer modalidade, recomenda-se o uso de um suporte (tornozeleira) no tornozelo para dar mais estabilidade nesta região anatômica quando usamos o tênis (THACKER et al., 1999). O tênis deve ser de solado baixo para a tornozeleira ter mais eficácia (SITLER & HORODYSKI, 1996). Tênis de solado alto possibilita maiores chances de lesão no tornozelo. 



Tratamento 



O tratamento adequado será traçado de acordo com o tipo de entorse e o grau de lesão. Porém as seguintes medidas que serão dadas a seguir poderão ser tomadas:


Se possível, logo após o entorse é indicado que se diminua a carga sobre o tornozelo afetado: nos casos mais leves é indicado diminuir o ritmo da atividade física (ou mudança temporária de atividade), e nos mais graves, repouso da articulação, sem descarga de peso sobre o tornozelo afetado. Além disso, o uso de compressa de gelo (20 minutos, não exceder o tempo para não lesar outras estruturas do corpo) e elevação do pé também contribuem para diminuição da dor, do edema e de possíveis hematomas. A elevação ajuda no retorno venoso e linfático, pois tem a ajuda da gravidade, o que faz com que os líquidos do edema sejam reabsorvidos pelo organismo.




sexta-feira, 1 de novembro de 2013

LESÕES NO VOLEIBOL


Principais Lesões








Lesões no Tornozelo
As lesões no tornozelo ocorrem em 15 a 60% nos atletas de voleibol, principalmente quando tocam no solo após um salto (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997). 

Lesões no Joelho

Os saltos são os maiores causadores nas lesões do joelho nos atletas de voleibol (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997).

Lesões no Ombro

Cerca de 8 a 20% ocorrem em atletas de voleibol (BRINER JUNIOR & KACMAR, 1997).

Lesões na Coluna Vertebral
A lesão mais comum (coluna) em atletas de voleibol é a hérnia de disco (BRINER & KACMAR, 1997).





Vídeo: Lesões Voleibol